25.12.06

A personalidade e a parede

Por Leandro Bender
da Oca


Eu comparo a personalidade a uma parede. Primeiro, começa com uma idéia, depois é construída com muito cimento, tijolo encima de tijolo, cuidadosamente colocado para que não fique torto e tombe com qualquer empurrão.

Depois de erguida a parede espera-se secar e põe-se argamassa, deixa-se a superfície lisinha, sem nenhum defeito a olho nu. Tem quem prefira deixar com aquela superfície áspera que machuca quando nos encostamos nela, mas isso aí vem de cada um.

Depois de tudo pronto e bem feito é hora de escolher a cor: preto pra dar um ar de abafado, branco pra quem não quer arriscar a sair do tradicional, verde musgo pra quem quer um tom de nostalgia no lugar, laranja acrílico pra quem tem motivos pra ser feliz... Enfim, após escolhida, vem a pintura e lá esta a parede pronta, belíssima, inatingível e agora irá nos proteger de intrusos, ladrões, olhares não bem vindos.

Agora sim estamos seguros, temos a proteção da parede, mas basta uma martela um pouco mais forte que ela facilmente vem abaixo como um castelinho de areia (depende do material da parede). Tanto trabalho, tanto suor, tudo destruído com uma martelada e um pouco de força...

Tenho que arrumar mais tijolos. Alguém tem algum pra me dar?

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